Ementa:
Promover apoio técnico-pedagógico relacionado ao processo ensino-aprendizagem na formação do profissional de saúde que atua na área de doação e transplante de órgãos sólidos.
Justificativa:
O ensino é um dos principais papéis do enfermeiro e como profissional de saúde está ética e legalmente comprometido com sua efetividade. O processo de educação é sistemático, sequencial, lógico e planejado dentro de um curso de ação, consistindo em duas operações interdependentes, ensino e aprendizagem. Esse processo forma um ciclo contínuo que também envolve dois diferentes atores, o professor (enfermeiro) e o aprendiz (paciente). As atividades de ensino e aprendizagem juntas conduzem a resultados que mutuamente levam as mudanças de comportamento. Desse modo, o processo de educação é um cenário para uma aproximação participativa e compartilhada entre o ensino e a aprendizagem.
O papel do enfermeiro como professor não é o de ser apenas um transmissor de informações, mas de promover a aprendizagem, preparando um ambiente compatível, criando desse modo o melhor momento para o ensino. O aprendiz não pode estar disponível apenas para aprender, mas sim buscar uma efetiva aproximação para o ensino, é envolver-se ativamente no processo de aprendizagem. O enfermeiro deve agir como um facilitador, criando situações que motivem o indivíduo a querer aprender e fazer o possível para isso. A avaliação das necessidades de aprendizagem, o planejamento e implementação do plano de ensino, a aplicação dos métodos de ensino e materiais instrucionais, e a avaliação do ensino e aprendizagem devem incluir a participação do enfermeiro e do paciente/familiar.
O ensino do paciente é considerado uma das atividades mais relevantes dos enfermeiros envolvidos com o transplante de órgãos. Estratégias de ensino necessitam ser adaptadas às necessidades de aprendizagem individuais de cada paciente. A utilização de uma teoria de aprendizagem e a sua aplicação no contexto de transplante de órgãos pode demonstrar a efetividade do ensino realizado pela enfermagem, produzindo conhecimento científico e a transferência deste para a prática clínica contribuindo para o sucesso do transplante por longos períodos.